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Pré-exaustão no supino reto, vale a pena usar?

O método da pré-exaustão é bastante controverso, pois existem pessoas e estudos que o defendem e outras que dizem que não funciona. Veja agora uma análise específica do caso do supino reto!

Na busca por melhores resultados na musculação, lançamos mão de estratégias específicas, para que seja possível alcançarmos melhores estímulos. De uma forma geral, o que se busca nestes novos métodos são estímulos específicos, que possam gerar mais microlesões teciduais. O método da pré-exaustão é um destes.  Neste sentido, já expliquei neste artigo sobre como funciona o método da pré-exaustão (Sistema de treinamento de Pré-Exaustão).   

Porém, seria leviano de minha parte dizer que o método da pré-exaustão é a única maneira de conseguirmos hipertrofia, ou que ele se enquadra em qualquer situação. Ele é sim um método que pode surtir bons resultados, mas precisa ser feito dentro de um contexto correto. Existem diversos estudos que mostram que ele não é adequado para determinadas situações.

Para Fleck & Kraemer (2004) a execução de exercícios que utilizem pequenos grupamentos musculares, sendo executados antes dos movimentos para grandes grupamentos, reduziria a ativação de tais músculos que foram exercitados no primeiro exercício, devido à fadiga. Neste sentido, o que acontece e um trabalho mais acentuado dos músculos sinergistas.

Augustsson (2003) realizou um estudo onde foram analisados os efeitos da pré-exaustão nos músculos da coxa. Para isso, foi realizado incialmente o  exercício de extensão de pernas  (cadeira extensora), e logo em seguida o Leg Press 45º. Os resultados mostraram que a execução da cadeira extensora promoveu queda na ativação dos músculos do quadríceps durante o Leg Press. O que pode ser a causa de tal situação, é que a força maior foi exercida por músculos sinergistas, como isquiotibiais, adutores e tríceps surral.

É lógico que este estudo apresenta uma série de limitações e que existem outros que contradizem ele. De uma maneira geral, a pré-exaustão não é uma unanimidade no mundo da musculação. Porém, ela pode surtir efeitos bastante interessantes se usada da maneira correta.

Para te mostrar mais sobre isso, vou falar especificamente do caso do supino reto, usando o método da pré-exaustão!

Pré-exaustão no supino reto, o que a ciência mostra?

Em um estudo de Rosa (2014) foram analisadas as influências do método de treinamento de pré-exaustão sobre o exercício supino reto. Para esta finalidade, foram selecionados 4 indivíduos considerados intermediários no treinamento de força. Como a pré-exaustão pode ser aplicada de diferentes formas, neste estudo foram usados exercícios para tríceps, a fim de fadiga-lo, antes do exercício de supino reto.

Como este é um movimento multiarticular, que envolve uma adução horizontal do ombro, somada a uma extensão de cotovelo. Este último movimento é realizado de maneira primordial pelo tríceps braquial. Neste sentido, a pesquisa apresentada buscou encontrar os efeitos desta prática específica da pré-exaustão.

O que chama a atenção neste estudo, que se baseou em eletromiografia, é que dos indivíduos estudados, 2 apresentaram maior ativação do peitoral maior com a utilização de exercícios de pré-exaustão. Por outro lado, os outros 2 indivíduos estudados não apresentaram nenhuma melhora com a utilização de pré-exaustão do tríceps braquial.

Mesmo sabendo que tal estudo tem limitações, afinal estudou uma população altamente restrita, temos que levar isso em conta. O método da pré-exaustão só será de fato efetivo, se tivermos resultados melhores do que os que temos nos métodos tradicionais de treino. Caso contrário ela não implica em uma vantagem sob o ponto de vista da hipertrofia.

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