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Classe Hospitalar Municipal do GPACI realiza mais de 2 mil atendimentos e renova a parceria com a Sedu reforçando o compromisso com a educação humanizada



30 de dezembro de 2025

13:28

Por: Rose Campos

Fotos: Divulgação

A parceria entre a Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria da Educação (Sedu), e o Hospital do Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil (GPACI) segue transformando a realidade de crianças e adolescentes em tratamento de saúde na instituição. Durante o ano de 2025, a Classe Hospitalar Municipal registrou a marca de 2.157 atendimentos pedagógicos, garantindo que o processo de aprendizagem não fosse interrompido.

O serviço, que atende desde a Educação Infantil até o Ensino Fundamental, foca na continuidade dos estudos e na manutenção do vínculo escolar, respeitando sempre as condições clínicas e emocionais de cada paciente.

Números do atendimento em 2025

Conforme o relatório institucional, em 2025, os atendimentos da Classe Hospitalar foram distribuídos da seguinte forma:

Pediatria: 850 atendimentos.

Oncologia (Espaço da Família): 735 atendimentos.

Oncologia (Internação): 572 atendimentos.

A análise realizada, em 26 de novembro, destacou a Pediatria como o setor de maior demanda. Um dado relevante aponta que, das 473 internações de crianças entre 4 e 11 anos, cerca de 18,49% foram casos de permanência prolongada (mais de 14 dias), o que reforça a necessidade essencial do suporte educacional no ambiente hospitalar.

O lado humano da Educação

Mais do que cumprir o currículo escolar, as professoras especializadas atuam como pontes entre a saúde e o bem-estar emocional. Para as profissionais que atuam no GPACI, a rotina é marcada por desafios e superações diárias.

A professora Sandra Rodrigues da Silva destaca o poder transformador do ambiente. “Ser professora na classe hospitalar no GPACI é acreditar que o aprendizado também cura, que o amor transforma e que o conhecimento floresce, mesmo nos dias mais difíceis. É viver uma troca constante: enquanto ensino, também aprendo. É muito gratificante fazer parte desse trabalho”, ela afirma.

Com mais de uma década de dedicação ao hospital, a professora Edilaine de Jesus Dias Rehder reforça que o papel da Educação vai além do conteúdo acadêmico. “É reafirmar diariamente que a educação vai para além do direito. É humanizar a rotina do estudante em tratamento de saúde, oferecendo oportunidades para que seu desempenho acadêmico e social continuem em desenvolvimento.”

Outra professora que atua no projeto, Patrícia Lopes Ramos Publio, define a experiência como um exercício constante de resiliência. “Constituir-me professora na Classe Hospitalar de um hospital oncológico desafia-me cotidianamente, tanto no meu propósito profissional, bem como de vida. É um desafio que me provoca a querer ser melhor. É aprender e exercitar o verbo esperançar!”, ela afirma.

Compromisso com a inclusão

A Classe Hospitalar integra as políticas de educação inclusiva da Sedu, assegurando que questões de saúde não sejam uma barreira para que a criança ou o adolescente desfrute do seu direito ao ensino. Além de reduzir a defasagem escolar, a iniciativa promove a equidade e prepara o estudante para um retorno seguro à sua escola de origem, após a alta médica.